quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Percorro teu pele branca em algodão
Desfruto cada pedacinho de seu corpo
Percorre meus dedos sobre seu tornozelo
Enquanto meus lábios tocam suas pernas
Minha língua reconhece o gosto vivo
Nas lagrimas que de tua pele deságuam em suor

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Guardo gotas de vida enjauladas
Feito lagrimas escondidas
No calor do dia que descreve a noite
Resgate meu olhar desperto na solidão
Embriague minha vida cinza
No calor do teu abraço apertado e morno
Antes mesmo que eu possa dizer adeus
Tire de mim esta dor cega muda invalida
Afasta-me de toda a dor cego amor
Quando sair a noite

Quando tocar a noite
Venha devagar
Deixe tudo no lugar
Até o que for seu

Quando visitar a noite
Cuidado ao falar
Ela nada esquece
E nada diz

Quando dançar na noite
Tenha medo do que bebe
Para não tirar tua vida
Do lugar que te restou

Quando brindar a noite
Venha com gotas leves
Em copos de seda
Desenhando versos

Quando amar a noite
Não tema mais nada
Tudo já se faz seu
Mesmo deitada na calçada
Importa-me teu sonho
Contemplarei o teu Deus
Entregarei meus brilhos
A teus homens do longe
Que por sobre as águas andou
Venha sente-se ao meu lado
Vamos ver o sol subir ao céu
Vem dance um pouco
Só não mate meu povo
Navego as ruas, procuro portos
Maquinas viva, desarma a vida
Paredes frias, dividindo o nada
Casa amarga, lar feliz
A mercê do tudo, o dia vai

domingo, 25 de outubro de 2009

Augusta

Piso no silêncio
Um resto de verde
Vidas noturnas
Deleitam-se nas ruas
Enfeitando a cidade
Com curvas nuas
Edifícios às escuras
Desenha gemidos
Copos Despidos
Da boca tua

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Clara noite espera pelo ceu
nossas noites em maio ou agosto
tudo belo feito lua
tua vida nua repleta do eu
nos sempre perdidos
entre braços e labios
vc na janela da frente
espera que invado as portas
no fundo oculto
dos nossos sonhos juntos
Sempre viva
perto de tudo
e longe de tudo
perto de quem ama
longe dos que odeia
abraçada pelos que ama
distante dos que renega
sua vida seu quarto
seu mundo inteiro
em lençois brancos
da pura seda viva
na batida do seu peito
que sobre espaço para mais
mais amor mais vida
nada de dor ou rancor
que o amor te cubra
com teu doce manto
que teus olhos não mais distantes
posso te levar no caminho
na estrada mais feliz
no mundo mais belo
onde os sonhos tornam-se
verdades e amor

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ferve-me teus sonhos e meu corpo
Tuas mãos me seguem cegas
Teus olhos trêmulos transborda
E em meu peito jaz teu sono

Desperto nossos corpos
Corrompe o mundo novo
Nas paredes e léguas divididas
Unem sonhos em laços

E novamente teus olhos me evade
Na luz caminhando para longe
No topo do mundo minha partida
Tua tatuagem em meu corpo

Pele cabelos em meu peito
O som a se deitar no ar
A espera dos barulhos na porta
Meus passos a voltar

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Parecia

Parecia


Tudo o que me move alimenta a alma

Os braços que repousa em teu colo

O amor em maremoto destrói cidades

Aperta-me em teus braços ate sufocar

Deixo o mundo lá, fora do tempo

Pintado lento, com medo, tudo novo

A menina se faz mulher, agora vive

Seu amor em gotas quase louca

Beijos cheios de saliva doce amável

Perturbam a ordem na nua rua

Levanto cedo para ver o sol nascer

Iluminando amores distantes separados

Entre o velho novo mundo redonde

Que insiste em parar ladeira a baixo

Impondo leis que não criei

No estandarte azul belo e cinza

Onde a única estrela brilha

Do jeito que se quer chamar

Nessas sua contas somente amor se da

terça-feira, 7 de julho de 2009

Ame a Todos como se fosse um só.
No único, percorre a vida.
Permanece em meu ser.
Neste ser que interpreta sonhos.
Sonhos desfeitos pela sua falta.
O que nos falta sempre, amor.
Amor que devemos amar como único.
Única vida, único rastro
Teu amor como se fosse um.

(Escrito em uma mesa de bar, com amigos, brincando de improvisar)

Helio e Kleber (06/07/2009)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Tudo deve estar no lugar
No mesmo ponto de onde partir
Meus amigos ainda andam por ai
Cantando as mesmas musicas
Sorrindo amor entre meninas
Ja sou homem agora
Onde a vida vem e se reforma
Tenho a vida dobrando esquinas
Enquanto vivo a mesma vida
Mais tudo esta lá
Em algum lugar nada mudou
Ficou eterno marcado no tinteiro
Nos riscos descritos do passado
Nada mudou e só nos resta lembrar

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Desperto longe
Dos braços do mundo
Acordo confuso
Nada me cerca
Um vazio no olhar
Levanto triste
Quase morto
desistindo
Ergo-me devagar
Respiro vivo
Levanto pra vida
Rasguei meus planos
Calei a vida
Tudo que vier eu topo
Estes dias ja me basta
Não quero ver o sol
Nem mesmo sentir a luz
Trafego nas ruas
Nada se faz novo
O passado se faz distande
Nesta hora de dormir
O vento sem teu perfume
Sem o som da sua voz
Gritos e acordes
A musica invadindo a noite
No mais adiante nosso adeus
O sonho não havia começado
E já chegara ao fim
Palavras cansadas e eternas
Dançava em pleno ar
Cortando o céu e a lua
Deixando em seu rastro estrelas
Logo me retorna o vento
Tocando meu rosto sem labios
Meu corpo distante
Redescobre o gosto de ser fim
Estou vivo
Posso estar morto
Desejos me tocam
O escudo afronto
Marco os traços
Escondo recados
Tudo disfarço
Em dezenhos
Abraços

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Servindo Vida

Na manhã dos trinta
nada trazia, negava-se acontecer
naquele instante, por mero capricho
Alcoolizava meu corpo
achando-me homem
mediano perfeito, sem coração
não toquei velhas musícas

Coloquei-me longe de todos
mesmo dos que me querem bem
procurei estar sozinho
enganando meu peito, fazendo doer
sem porque temendo viver, morrer
no filme escrito ser detalhes vistos
o sobrio homem que me servia
abraçou-me sem medo nem ardor
dizendo-me num sorri feliz trinta

segunda-feira, 13 de abril de 2009

olhe esta sombra
a sobra do eu
que renego e nego
não és o que vé
do resto do eu
que te dira
o quanto do amor
guardo pra mim
Eu em teus olhos

no sonho do teu corpo
cochas latina, vivas
dançando sob o luar
fingindo não me amar
tocando e fervendo-me
no tempo negado da alma
devagar com esse ardor
eu que nada entendia
levanei teus olhos feito deuza
senhora do meu destino
dona dos passos sem cor
horizonte que nos separa
teu sexo em outro colo
tuas palavras frias
não há espera te renego
em meu sonho de vida
do qual esquecia
diante aquele vento
que marcava teu corpo
nas vestes que usava
antes mesmo que meus labios
acaricia-se os teus
e seria sempre meus
na luz daquela lua
guardava-me o pano cru
esverdiando meu corpo
no momento oculto
onde teus olhos pode viver

sexta-feira, 27 de março de 2009

Hoje as lagrimas vem como o vento
Um vento forte que vem do norte
Enquanto meu corpo esta no sul
Do inverno em meu corpo
O sonho encontra o seu fim

sábado, 14 de março de 2009

Velhas dores
Distrai o peito
Leva longe
Velho mundo
Marco pegadas
Rastros noturnos
Lagrimas derramo
Somente sozinho
Marca-me com teus olhos
Na cor da retina
Pele dourada
Derrame sobre o teu
Minhas cores
Posta-me um postal
Um sonho de maio
Ultimo carnal
Não
Não me espere mais
Meu bem
Nem me queira mal também
Já faz um tempo
Que a música tocou
No meu amor
Em teu calor
Vem, vamos dançar
Amanhecer, sentir, tocar
Quanto já se passou
Pro nosso amor
Somente dor
Nosso pavor
Não sou o único
Canto vazio
Sou a voz
Beco, bandido
Percorro lados
Lestes contexto
Contorno tudo
Que não vejo
Bloqueio passagens
Da pele ao morro
Perco, movo
Fim do todo

sexta-feira, 6 de março de 2009

O que eu queria??????

Bem que eu queria
saber sobre as palavras
sonhar entre teu leito
compor a doce musica
mostrar-te quem não sou

Ontem talvez seria
tempo de de dizer amor
momento de despedida
o fim de toda a vida
provando-te quem sou

Minha vida ja tardia
nas palavras tudo seria
os fatos bem passados
quase cru por ironia
ouvindo tudo que sou

Nesta ondas neste dia
a luz quase não guia
no papel guardo a escrita
nas frazes que não vinha
diante do que estou

Bem que eu queria
Ontem talvez seria
Minha vida ja tardia
Nesta ondas neste dia
O que eu quero??????

Bem que eu queria
Ontem talvez seria
minha vida já tardia
nestas ondas neste dia

Saber sobre as palavras
tempo de dizer amor
nas linhas tudo seria
a luz quase não guia

Sonhar entre teu leito
momento de despedida
os fatos bem passados
no papel guardo a escrita

compor a doce musica
o fim de todo vida
quase crú por ironia
nas frases quer não vinha

mostrar-te quem não sou
provando-te quem sou
ouvindo tudo que sou
diante do que estou
gole amargo da vida
mente reconstruindo vida
palavras correndo contos
um canto louco, altar
linhas brancas
balas chicletes
cabeça ativa
novo tempo
lento garoa
segundos interminaveis
separa copo e boca
avenidas de mãos unicas
sem tempo, paradas
somente isso
seja lá o que isso for

quinta-feira, 5 de março de 2009

carne sangue
mentiras escritas
dor negada
chibatadas
nada dito
mãos atadas
lagrimas sal
cuspido
negro vendido
feito bicho
gente não era
escravo
somente isso
perdido
pisado
sem chão
negro
liberto
letrado
Solanos
Unhas Negras

ONDE ESTÁ TU
UNHAS NEGRAS
QUE NÃO VEJO
SOBRE A MESA
NOS LÁBIOS
NO SONHO QUE NÃO TOCO
ENTRE O GOLE
AFOGANDO O NOSSO AMOR
NEM MESMO GOTAS NEGRAS
EM MINHA SEDA
TEU AMOR
NOSSA LUTA
TUDO MAIS
NAS FORMAS
MESMO CALOR
ESPERO A MORTE
EM TUAS UNHAS
QUE PINTASTE
NA HORA QUE NEGUEI
NOSSO CAMINHO
O MESMO QUE JURA
AMAR-TE COMO TUDO
ESCONDE-SE DO DESEJO
DE TER SEUS BEIJOS
TUAS LAGRIMAS
NOSSO ODOR
NOSSO ÚNICO PAVOR
SOMENTE NOSSA
TUAS UNHAS
MEU PEITO
NOSSA SEDA
part. II

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Sorriso de Ontem

Acorda
O banho te espera
Sol na janela
Verão carnaval
Tua carne boa
Entrega-me teu suor

Vem
Café na mesa
Pés nos sapatos apertados
Pão e água
Teu filho chora

Vai
Pega o carro
Percorra as ruas
Junte trapos
Papeis e cacos
Ladeiras
Força nego

Para
É hora
Almoço bar
Limão pinga
Vai aliviar
Anda moço

Volta
Família espera
Filhos fome
Abraços amores
O pão a fonte
Sorriso de ontem
Na cadencia desprovida
Paredes moldadas nas sombras
Esconde sorrisos trêmulos
Trancados em becos escuros
Velhos relógios nada dizem
Perdemos amigos àquela hora
Enquanto o sol acorda o dia
Tranco-me na escuridão
Lembro de tudo do tiro ao vicio
No vicio a rua
Repleta de cinzas poetas de esquina
Empilhando versos derrubando copos
Rompendo correntes voando livre
De encontro ao ventre

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Perdoa-me
Sempre que não lhe for possível
Estou sempre na contramão
Nunca vou à dianteira
Levo hoje minha vida só
No solo desta terra que rumo
Não possuindo nada de meu
Nem mesmo meu olhar
Por mais um dia te fiz chorar
Quando não era nada
Não estamos juntos
Nada mais se pode fazer
Agora já não mais verei
Pois nada esta no lugar
Nem mesmo nosso sorvete
Já não me tocam mais
Nem mesmo a dor
Estive junto um dia
Agora longe, mas em tudo
Perdoa-me
Sempre que não lhe for possível
Quarto, sala, fundos a fora
No corpo derrama
Fúria pudor lama
No ar vida paira

Separadas nossas noites
Tuas pernas outro eixo
Corpo, meu novo feixo
Palavras de Cervanteadas

Somente pássaros
Unindo gente
Indo à frente

Curvas tranqüilas
Pedaços da vida
Nossa comida.
Nada
Nunca
Esta
Certo

Morto
Mundo
Delírio
Humilhado

Morra
Dor
Lagrimas
Amor

Mate
Destrua
Roa
Nutra

Nada
Nada
Nada
Nada

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Sans

Não tenho tempo
Em teus braços
Seu colo quarto

Vasto espaço
Entre os lábios
O corpo vida

Espera saudade
Não toque agora
Velhas musicas
Só nossa

Teu desenho
Tuas cores
Meu desejo
Nossas flores

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Sonido de usted

los sonidos a dormir
en medio yo y usted
a batir libre
a los sonidos de usted


usted me lanzan fuera
un beso largo
luego no se olvida
el camino del nos dos

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Guardo
Olhos e meu olhar
Em direção que nem sei
Percorro em vossos braços
Um amor pleno
De noites incansáveis
Sonhos remotos
Berço belo
Manhas em teu colo
A moça linda
Bem vista, vivida
Nos braços belos
Do moço guerreiro
Eterno apaixonado
Sem medo contexto
Vivendo sonhos
Somente dois
De tão unidos
Eternos como um.
Unhas Negras

Por onde estarás tu
Unhas negras
Que não vejo mais
No lugar onde deixei

Menina de unhas negras
Que rasga meu peito
Feito seda
Enquanto me despeço

Marcaste meu peito
Com vosso corte
Raso profundo

Devolva a dor
Para todo amor
No peito ardor

Menina de unhas negras
Onde tua vida se fez vazia
Quem calou teu riso
Te escreve isto

Levantaste teus braços
Contra este
Empunha teus beijos
Contra este

Depois de unhas feitas
Rasga meu peito
Feito seda

Mesmo que seja
Somente adeus
Somente uma vez

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Me diz qual é seu retrato
Quem é o seu vigário
Quem pintou o seu retrato
Qual é desse hábito

Faço força faço
Corpo ardo farto

Me diz que sou seu otário
Que estou sempre em seu armário
Me diz quem é o seu vigário
Quem te reza neste horário

Que faço; isso faço
Acho isso um saco

Pago todos seus pecados
Atrapalho seu trabalho
Anoto todos os seus recados
Jogo fora meu baralho
Estranhas gotas deitavam sobre meu corpo
Lavando cada pedaço de outra vida
No vago andor daquela tarde
Palavras sairão como prisão

Neste fadigo momento
O velho sorrir escondido
Batia a porta da frente
Procurando abrigo

As gotas seguem caindo
Deságua um vasto céu
Que agora cinza feliz
Chega,
Hora de despir seu corpo do meu
Hora de por os pés no caminho
Dividir a vida
Que não esta unida
Mundos paralelos distantes
Meu e seu
Não peço que venha, nem me deixe ir
Não peço que fique
Ainda existe vento
Lá fora a rua
Liberdade no caminho
Quase livre
No medo de se estar junto
Sem poder viver, vencer
Não dividiremos sonhos
Nada sonhamos juntos
Nem mesmo dor
Nuvens cobrindo o dia
Dia a dia
Palavras pegadas rastros
Apagadas sem direção
Uma vida ao norte meu sul
Palavras intermináveis
Norte sul
Nada de lagrimas ou despedida
Somente um céu azul

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Por onde esta você vida
Desvairada bandida vadia
Irá me conduzir agora
Que faço votos de não ver
Longa loucura
Na febre marcante
A dor constante
Desenhos rasgados
Poemas despidos
Vida vadia
Abraça minhas pernas
Contas de cada dia
Buscando moradia
Calçadas vencidas
Uma cama ferida
Onde nada rima
Somente cores cinza
Chumbo ardor
Dor meu temor
Alagando meus passos
Chuva, cidade, ventania

sábado, 31 de janeiro de 2009


Tudo quanto as velhas formas

tocando meu dia devagar

tomando forma humana

temida quaze sempre



Nada mais será possivel

nem a segurança do abismo

naufragada a vida

na beleza de cada dia
Guarda-me em teu leito
Antes mesmo que eu perca o rumo
Um caminho seguro a teus lábios
No cheiro morno, vosso calor

Acaso o vento bater-te a porta
Esqueça-se de abrir
Para que esta fria brisa
Não venha nos dividir

Se acaso o sol romper sua janela
Guarda-o em suas cortinas
Evitando assim que sua luz
Venha cegar nosso calor

Então somente quando a lua
Romper o céu sem estrelas
Rasgadas serão as roupas
Unindo nossos corpos pelo chão.

Passo cego, cortado marcado
No desaguar de um céu
A ira dos teus raios
Amor em gotas desce pelo vale
E lá estão meus pés
Recebendo cor da terra
Em dias repletos de azul
Olhos rasgam horizontes
E lá se ia os meus
Formando pegadas no caminho
Onde se encontrava logo se despia
Guiando meu corpo, bem perto,
Ali depois dos sonhos