segunda-feira, 10 de junho de 2013

quando o tempo nada conta
as horas não vão embora 
o amor não chega
o dia se torna cinza
e eu ainda te espero chegar

quinta-feira, 6 de junho de 2013

descansa meu corpo, no canto da mesa
onde a ceia esteve posta
devorando meus lamentos, a meia noite
onde o vento fez morada, ali dormiu
sem culpa diante aos recortes
sob o velho jornal que dizia
antes mesmo do sol nascer
noticias esquecidas do velho dia
era ali na mesa esquecida
onde vasilhas cheias de poucas alegrias
se despeia em meus lábios
contando esqueço um pouco
assim a madrugada corria
buscando meu sorrir, viver

busco nas palavras sons
o soar fedido da agonia
no desespero do pulsar
a morte não é direito
a vida um lamento
o corpo desperta as cinco
entre paredes, trancado fora
o sol luta na fraqueza da noite
impondo o brilho da manhã
derramando em tudo
um belo e lindo dia

Amores Infantis

a bola, a gude um peixe a voar
descalço na terra, a lama
banhos de de chuva
espadas de vassouras

a idade crescia com os pelos
a barba no espelho
sorrir inocente, torna-se culpa
assim fui me perdendo

vejo todos apreçados
na marcha, de lá pra cá
e do suor se compra
quase nada, quase tudo

derramo-me na grama
volta o meu doce sorrir
e de lá já vem vindo
garoa sobre mim

Escuto vozes noturnas
Pensamentos falam sem parar
A luz vem gritando
Onde caixeiro não importa
As cartas não reconhecem selos
Na velocidade do tempo ido
Mensagens sem saudades
chegam, na noite do meu adeus