segunda-feira, 8 de julho de 2013

barulhos noturnos
portas se fecham
os carros ventam
janelas se abrem 
a noite esclarece
o dia já vem
o silencio é negado
a cidade não dorme
luzes a sorrir
sim ela vai
assim ela volta
por baixo da porta
o recado guarda
três palavras ditas
sempre repetidas
perderam a direção

entre cortinas a luz se vai
gemidos felinos rasgam a noite
confuso o peito cala, o ar chora
o tempo pinga nas asas do chicote
sem castigo sem desejos
embriaga-se os olhos
não partiste de mim, assim se foi
cruzou a porta beijou o mundo
deste bom dia ao anoitecer

resgata-me o céu nas noites sem sono
pintando o cinza da solidão

olho o amor que me confunde
o desejo em querer livre
me perco quando liberto
da boca a fora digo que vá

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O amor já não toca meu corpo
musicas não embalam meus ouvidos
o dia já não tem mais graça
as ruas estão vazias sem você
meus olhos veem cortinas
o sol lá fora comigo chora
brilhando triste sem sorrir
meus sonhos vão sumindo
os meus dedos sem notas
ai vou eu com lagrimas
com a face sem sorrir
esperando a chuva
pra lavar de vez
a metade do que sobrou de mim