terça-feira, 30 de outubro de 2012

gatinha

Guarda o travesseiro noite
Gemidos de dor ao pé da cama
Espasmos descontrola o corpo
nada mais possue
tem olhos vivos
e o corpo desmama a vida
seus passos não mais visto
a casa não reconhece teu cheiro
do quarto, já não se ergue

vejo meu sono indo
velando a dor bichana
que de seu miar se vai
talvez a morte liberta-se
ela que não te encontrou
num surto do meu carinho
soprava o tempo em tua boca
teu sangue que me beijava
não te quis ver morrer

hoje me entrego a dor gatinha
de ver seus sonhos cortados
desarma em mim doce armadilha
te ter viva aos meus olhos
e na cama agoniza
o meu silencio e a tua dor
velados juntos
no beijo morna do teu partir

terça-feira, 17 de julho de 2012

dois em três

Quero tudo em três momentos
o nosso amor no terceiro acorde
no terceiro verso
que nos embala depois das três
somo dois em três anos
tudo que o mundo esperava
somos o nosso mundo
somos nosso par pra sempre

sábado, 28 de abril de 2012

Desperta Cor

Em aula traços e pontos
Olhos no papel branco
onde cores velejam
despida pelo tempo
vestidos, sonhos de ontem
completa imagens em pedaços
entre todos os tons
um pouco do eu
escorre pelo papel

sexta-feira, 27 de abril de 2012

arrumando a casa

Arrumo a casa
como se arruma a vida
são tantos livros lidos
tantos quadros não pintados
trabalhos na espera
nos planos traçados
retiro da gaveta nossas palavras
compramos cabides de sorriso
nossas coisas lá fora
esperando cantos novos
novos tons e cores
brilhando a cada peça
que encontra o seu lugar

quarta-feira, 18 de abril de 2012

ônibus

adentro o coletivo
me seguro quando posso
desliso pela roleta
a caneta treme junto as ruas
viaja o pensamento
na contra mão do cansar
corpos pertos e distantes
encosta-se sem caricias
nem palavras amigas
cada mundo em seu ouvido
tornando todos assim
um pouco mais distante

Poeminha de amor

Eu te faço cafuné
e cosquinha no pé
amor pra ir e vir
crescer e sonhar
amando nosso desamor
quando a briga acaba
somos apenas tolos
querendo sentir o gosto
do nosso suor, só nosso

quinta-feira, 29 de março de 2012

Quando o tempo perde a cor dos teus olhos
o dia se toma dominado pela garoa
 o mundo chora o teu choro
DOS DIAS QUE ME CERCA
SONHO A DISTANCIA
UNINDO AO NOSSO DESEJO
O ABRAÇO O BEIJO

ESPALHA NOSSA VIDA
PELO CHÃO DA SALA
NOSSAS MÃOS TROCAM
TODO O DESEJO
DE SER TEU AMOR

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

tenho tempo e amor até mais tarde
não me desperta o sol pela manhã
teus beijos acalanta meu descanso
desperto com saudade do abraço
o desejo ardente na alma
preciso te ver, te ter de novo
no novo momento desta rua
onde sua casa é minha morada

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

a dor é aguda
mais um amigo se vai
quantos pulos em nossas corridas
brincávamos com tudo e era tudo
não tinha garrafa plastica
que resistisse suas mordidas
e seu latir
corria e como corria
feliz me chamava no portão
entrava pela janela
ignorava minhas conversas
me levava ao ônibus
me conduzia com segurança a venda
deitava ao meu lado
amigo sei o que te escrever
mas a saudade esta aqui
e me faz lembrar você
vai com os anjos nego
 vai em paz
 vou sempre te amar coragem

 CORAGEM

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Volto

E aqui me vejo
diante o papel
com palavras nuas
ao som de Alceu
contando meus desejos
comendo em meu peito
cada sentido do sentimento
o desejo de voltar
e mais uma vez
por mais algumas linhas
descrever a força viva
dos passos pela tarde
o levantar das manhãs

E não é que volto
nas voltas desta vida
onde o trabalho toma tempo
e as palavras já escritas
contam historias de outrora
me vem palavras novas
iguais a que escrevi
com novos tons e cores
um novo descansar
em sete colinas diante o mar
tudo novo em voltas

E sempre vou voltar
minha vida esta na arte
só não se sabe na arte de que
do que escrever
mas sempre volto
volta pra casa pro colo
volta pra terra
minhas pegadas
marcando o caminho

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Descreva-me o tempo senhor de todas as horas
conta-me algo novo diferente de tudo
derruba-me na estrada da amargura
se por um segundo passado
eu desmarcar o que sou diante de teu amor
do fronte das dores e magoas me farei forte
ao levantar e ver teus olhos amigo ou não
na frente da pedra mais dura
de onde o voo se torna real
e a agua dura feito pedra polida
esperando que eu entenda o seu divino amor