segunda-feira, 27 de setembro de 2010

entre nós

corre em meus dedos teu rio
um veto de sonhos e delírio
vastas curvas em teu leito
inverno de tons e medo
deixados porta a fora
não tendo hora pra voltar
perto daqui tudo é festa
meus olhos em seus lençóis
nossa tela branca toma cor
eu preso entre tuas mãos
provo tua carne entre os dentes
dedos moldando teu plano
recebendo a forma viva
das cores infinitas
da tua pele branca em suor

domingo, 19 de setembro de 2010

Verdes mares em teu suor
Soando sonatas intermináveis
Envolta em meus longos fios
Afinando nossos sons
Entre a vista e a sombra
Novas madrugadas sem leito
O Mundo recebe tuas palavras
Enquanto deleito-me na escuridão
Ressurgindo raios novos da manhã
Espero na angustia marcante
Ouvir teus sons sem face
Irrita-me a todos que te cerca
Recebem a cor dos teus olhos
podendo até tocar tua pele
Enquanto me cerco dos retratos
Das lembranças dos desejos
De perder-me em teu colo

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Nosso Poema

vamos construir nosso poema
de versos vivos e plenos
entre o amor e ódio
com todo ósseo
de nossas paginas escritas
entre o mundo meu e seu
longe e tão perto
presente em tudo que vejo
tão importante para nosso eu
as palavras da minha poesia
as flores do meu braço
como o movimento do meu giz pastel
os pinceis espalhado pela casa
tentando rabiscar em papeis
a puresa do nosso olhar
entre as noites de cor vil
a curva dos meus traços
na batida do meu coração
desenhando flores pelo chão
e que a chuva não à de apagar

sábado, 11 de setembro de 2010

morro aos poucos
deve ser saudade
ou algo parecido
com a falta do som
dos nossos passos juntos
cortando ruas e avenidas
ou será a doce melodia
que dos lábios mais ricos
deleita-se as mais belas poesias
me arranco em noites como esta
trafegando em meus olhos
imagens e traços vivos
permitindo-me beijar a face
revendo as nossas cores
bem de perto ao som da manha

sábado, 4 de setembro de 2010

depois de cada ponto de espaço
a vida que desembaraçá os laço
em mundos, paredes cegas
de dores que não importa
não mais serão vistas
nem sentidas no mar de gente
quando concordamos
em caminhar baixinho
olhando por pontos vivos
debaixo de nossas portas
caminhando,cantando vivas
desperta a grande glória
de por a vida a frente
meu amor perto do peito
nosso momento vivo
de desordem e fervor
contamos nossos dias
para anos sem fim
na felicidade mais bonita
que a vida pode ver
a vida em dois
o nosso verdadeiro som
nossa unica trilha
a embalar o mundo
declina meu tempo contornando teu ar
vou por cada pedaço de chão a tua espera
longas quedas e o tremor das ruas
despertando meu corpo pro frio morno
da vida a palpitar em sonhos
ao imaginar a luz do teu corpo
invadindo e iluminando meu tudo
e da janela do meu quarto de dormir
perplexa a lua vem sem pudor
compartilhar de todo o nosso amor