segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Vou agora pelas ruas amargas
Desmontando o pânico em cada olhar
Nos braços do desconhecido o carinho
Na certeza de quem protegeria vem a dor
Lavando as ruas como resto de lixo nas calçadas
No coração que antes chorava por amor
Se calou a tanta desordem
Que nossos guerreiros venham as ruas de braços abertos
Limpando a alma e o corpo
Que façamos eles saberem
Que toda essa farsa vem ao chão
E meu país vivera um amanhã de iguais
o dia quase para, parou pra colocar nas nuvens lagrimas
fez das palavras mordazes machucarem por tantos
a vida marca seus erros em toda a parte
coisas impossíveis de se esconder, preciso viver
sua alma vai longe deixando barbas sem cor
os olhos refletem as mãos atadas por si só
o peito não mais responde sobre o seu todo
nada mais alem das nuvens no pensar
Deixo os sorrisos pra mais tarde
espero voltar ao meu dia ao meu mundo
quanto mais poderei ir ate o fim
sei que na próxima rua vira uma esquina
onde voltarei ao eixo e concertarei meus erros
mas ate lá vou me adaptar ao silencio de agora