quarta-feira, 15 de abril de 2009

Servindo Vida

Na manhã dos trinta
nada trazia, negava-se acontecer
naquele instante, por mero capricho
Alcoolizava meu corpo
achando-me homem
mediano perfeito, sem coração
não toquei velhas musícas

Coloquei-me longe de todos
mesmo dos que me querem bem
procurei estar sozinho
enganando meu peito, fazendo doer
sem porque temendo viver, morrer
no filme escrito ser detalhes vistos
o sobrio homem que me servia
abraçou-me sem medo nem ardor
dizendo-me num sorri feliz trinta

segunda-feira, 13 de abril de 2009

olhe esta sombra
a sobra do eu
que renego e nego
não és o que vé
do resto do eu
que te dira
o quanto do amor
guardo pra mim
Eu em teus olhos

no sonho do teu corpo
cochas latina, vivas
dançando sob o luar
fingindo não me amar
tocando e fervendo-me
no tempo negado da alma
devagar com esse ardor
eu que nada entendia
levanei teus olhos feito deuza
senhora do meu destino
dona dos passos sem cor
horizonte que nos separa
teu sexo em outro colo
tuas palavras frias
não há espera te renego
em meu sonho de vida
do qual esquecia
diante aquele vento
que marcava teu corpo
nas vestes que usava
antes mesmo que meus labios
acaricia-se os teus
e seria sempre meus
na luz daquela lua
guardava-me o pano cru
esverdiando meu corpo
no momento oculto
onde teus olhos pode viver