segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Vou por onde a chuva me leva
recolhendo barcos a derivas
dos pedaços meus que se desprendem
a cada passo longe dos olhos
foram tantos os motivos
que de nada adiantava rezar
em cartilhas que deixei de compor
desgastando assim um amor

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Nesta noite minha alma chorou
meu corpo esqueceu-se de sentir
ja não avia mundo nem flores
morria ali minha inocencia
meus sonhos todos lavados
por aguas sujas de odio
na noite da rua e seu monstro
na noite em que lagrimas
visitam meu rosto
na luta esquecida
da noite que me lembro
nada senti sø pedia socorro
pra minha alma que ali se foi
enquanto ando olhando as ruas
esperando encontra-la
pra mais um passeio
de mãos dadas comigo
na noite da rua e suas lentes
manteria vivo o corpo
em suas noticias e luta
onde nada se esquecia
na noite que me restou as aguas
fui levado de mim
para a mais bela escuridão

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Vou agora pelas ruas amargas
Desmontando o pânico em cada olhar
Nos braços do desconhecido o carinho
Na certeza de quem protegeria vem a dor
Lavando as ruas como resto de lixo nas calçadas
No coração que antes chorava por amor
Se calou a tanta desordem
Que nossos guerreiros venham as ruas de braços abertos
Limpando a alma e o corpo
Que façamos eles saberem
Que toda essa farsa vem ao chão
E meu país vivera um amanhã de iguais
o dia quase para, parou pra colocar nas nuvens lagrimas
fez das palavras mordazes machucarem por tantos
a vida marca seus erros em toda a parte
coisas impossíveis de se esconder, preciso viver
sua alma vai longe deixando barbas sem cor
os olhos refletem as mãos atadas por si só
o peito não mais responde sobre o seu todo
nada mais alem das nuvens no pensar
Deixo os sorrisos pra mais tarde
espero voltar ao meu dia ao meu mundo
quanto mais poderei ir ate o fim
sei que na próxima rua vira uma esquina
onde voltarei ao eixo e concertarei meus erros
mas ate lá vou me adaptar ao silencio de agora

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Venta, garoa em cada esquina
Teu corpo febril descansa
a ruidos nas ruas vazias
anseios por sua volta
o tempo vai correndo lento
o sol sem brilho espera
o nascer de sua volta
sons sem textos deságuam
nesta hora, vaga-se horas
na espera do teu perfume

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Vou movendo sonhos em ruas desertas
nada mais simples do andar sozinho
procuro madrugadas em chuvas
disfarçando assim lagrimas de solidão
corres alheio ao coração
sem entender o que esta ao lado
o peito em pedaços
tantas fotos em meu rio
corre em lagrimas subterrâneas

vem sem pressa e sem medo
doendo aos poucos no sorriso
foram tres notas pela noite
onde a encontrei e teve fim
no despedir confuso

foi somente aquele tempo
onde as luzes brilhavam
a lagrima vinha em sua nascente
descendo morro a baixo
sem entender de tanto querer

e tudo vive em mim
minhas horas negando sempre
tirando vc do pensamento
e calando o peito dormente
sem o seu bem querer